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Vida em comunidade!

Vida em comunidade!

“Final de 2003 surgiu a oportunidade de viver, num primeiro momento por 3 meses, em um sítio no Cantagalo onde iniciava a realização de um sonho de muitos de viver em comunidade. Fui sem saber o que me esperava. Fui de coração aberto pois estava em um momento da vida onde não sabia quem eu era e não sabia para onde eu queria ir.

Algumas peças de roupa e o medo, que sempre me acompanhou até então, foram meus companheiros de ida. Chegando no sítio, onde já conhecia de alguns finais de semana e o Pai e Mãe que participei.
Casa Vermelha, Refeitório, Cozinha, Boozeria, Dormitório, Casa do Zaka, casa da Veeresha, 2 casas no Morro, MaDeva, eram as estruturas que tínhamos no momento.

Chegando, conheci um colega que só falava em alemão e fui ao trabalho. Construir uma cama na cada Vermelha para a chegada da Pavita. Como assim? Construir uma cama com uma colega que só falava alemão? Logo eu que nunca construí nada e não sabia absolutamente nada de alemão? Pois bem. Foram 2 dias incríveis, onde aprendi que se conectar com a pessoa é muito mais importante que escutar as palavras. Gestos e olhares foram o suficiente para nossa conexão e construir a melhor cama que poderia existir no mundo. Percebi que minha vida iria mudar!

Acabada a cama, partimos para pintura da casa. Pintura? Logo eu que nunca pintei nada na vida? Pois então! Lá fui eu e o alemão fazer a melhor pintura da vida na casa vermelha. E não terminou por aí as pinturas nem as construções das camas. Pintei o dormitório. Ajudei a arrumar as camas do dormitório e assim foi durante os 15 primeiros dias, onde vi que eu posso e devo fazer o meu melhor em tudo o que me proponho a fazer.

Coisas simples se tornaram algo espetacular. Lavar louça, lavar roupa, varrer, limpar, fazer comida. Cada ação gerava uma sensação de pertencer! Isso sempre foi muito gratificante! A cada dia chegavam mais moradores na comuna e era uma grande festa. Sempre com a preocupação de fazer com que a chegada fosse a mais incrível! Aprendi a cuidar das pessoas! Se importar e retribuir o bem que me faziam! Coisa que eu não sentia antes de chegar no comuna. Viver em comunidade!

Todos os dias acordava 7:00h para a Dinâmica!! Todos os dias!!!! Libertador acordar fazendo uma Dinâmica! Nas quartas à noite, tínhamos nosso momento de troca. Todos os moradores falavam algo que estava pegando naquela semana. Percebi que a todo momento éramos vistos e todos sabiam o que tentávamos “esconder” do mundo. Eram encontros libertadores e de muito aprendizado. Percebi que vivia num mundo fechado e a cada dia que eu estava na comuna, derrubava alguma carapaça que tinha em mim. Viver e não ter a vergonha de ser feliz!

Em uma vinda do Veeresh em nossa comuna junto com Rohit , tiveram a sacada de olhar para mim e dar um exercício para meu crescimento na comuna e vida. A cada refeição, eu teria que levantar e falar algo. Aprendi que tenho voz e sou um bom orador. A cada discurso que fazia, compreendi que precisavam colocar para fora muita coisa que tinha comigo. Falar foi libertador. Manter a fala na minha vida foi extraordinário. Expressar o que sinto foi o ensinamento. Apenas sentir não é o suficiente. Sinta e fale.

Passei por muitos eventos pela comuna. Muitos mesmos. CarnaWOW foi a experiência mais louca. Tudo é tão mágico. Para quem olha é muito complexo. Como tanta gente consegue fazer tanto em tão pouco tempo? Apenas fazendo o seu melhor e sendo feliz! Isso que aprendi.3 meses viraram 8 meses. Os mais intensos da minha vida.Fiz pão e vendia no Namastê. Fiz Seasa para alimentar nossos moradores. Cuidei dos reservatória de água. Aprendi HapKi-Do. Aprendi Teatro. Aprendi Música. Aprendi a ser sensível e respeitar o próximo! Aprendi a Amar e ser amado! Vivo hoje com minha essência liberta!

Aprendi a viver melhor!!!!

Fazer o meu melhor em tudo o que me proponho a fazer!

Comunidade Osho Rachana! Levo para sempre na minha vida!

Com grande Amor!!!

Chidhatma”

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